domingo, 5 de outubro de 2008

BRAVOS HERÓIS EM DESFILE NO 7 DE SETEMBRO

Se muita gente se emociona com as comemorações do sete de Setembro, é provável que ninguém fique tão sensibilizado quanto os ex-combatentes. Para esse senhores que enfrentaram o horror da guerra honrando as cores da bandeira brasileira, receber a homenagem do povo e do Estado na parada militar do Dia da Pátria representa um momento mágico. A cada ano menos numerosos, apenas 08 pracinhas desfilaram este ano. O tempo passa, a emoção aumenta à medida que o coração enfraquece, vê-se isto nas lembranças dos Srs. Antônio Vieira Lima, presidente da seção da região cacaueira e Antônio Nunes, veteranos da Segunda Guerra .
Todos os 08 pracinhas desfilaram em carro aberto, para não causar qualquer tipo de dano à saúde desses nossos heróis, todos octogenários. O sentimento de euforia e orgulho pode ser notado na alegria muito especial, registrada em seus rostos nas fotografias. Todos estiveram no front e honraram a pátria. Ver essa homenagem, tantos anos depois, com todas as "criancinhas" agitando bandeiras do Brasil, é maravilhoso. Eles são os nossos heróis vivos
Após o desfile, os pracinhas caminharam, orgulhosos e sorridentes, no meio da multidão. Com medalhas estampadas no peito e trajando seus antigos uniformes de gala, eram respeitosamente cumprimentados por todos. Os ex-combatentes são os heróis vivos de nossa pátria. Para eles, o 7 de Setembro tem uma dimensão única, que outras pessoas têm dificuldade de entender.

Parabéns bravos soldados por ajudar a construir a nossa história!

sábado, 6 de setembro de 2008

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - A HISTÓRIA DE TODOS NÓS.

Dom Pedro I: condutor de um processo de independência de forte traço conservador.

No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I decidiu dar fim à exploração colonial lusitana proclamando a independência brasileira. No entanto, para que possamos compreender como esse país continental conseguiu romper seus laços com a metrópole ibérica temos que falar dos antecedentes a essa memorável data. Portanto, se quisermos compreender a independência, é preciso retroceder ao ano de 1808, ano da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Naquele ano, toda Coroa Portuguesa bateu-se em retirada de sua terra natal por causa das invasões militares de Napoleão Bonaparte. Para que isso fosse possível, o rei português Dom João VI foi obrigado a firmar um acordo com a Inglaterra para que os súditos lusitanos pudessem escapar ilesos à ameaça do intempestivo exército francês. Nesse acordo, Dom João prometeu abrir os portos brasileiros a todas as nações do mundo e, principalmente, para os cobiçados produtos britânicos. A medida, que inaugurou a administração joanina no país, agradou os grandes proprietários de terra e comerciantes da colônia. Com o fim do pacto colonial as elites brasileiras poderiam avolumar suas transações comerciais e ampliar significativamente seus lucros. De fato, essa primeira medida já colocava o Brasil enquanto nação economicamente autônoma. Do ponto de vista político, a condição de colônia foi abandonada quando o Brasil ascendeu à condição de Reino Unido de Portugal. Enquanto os novos súditos brasileiros eram agraciados com tantas medidas, a população de Portugal se via submissa à intervenção política e militar das forças militares britânicas. O distanciamento do rei com seus compatriotas fomentou a eclosão de um movimento liberal que exigia profundas reformas políticas no território português. Dessa forma, em 20 de agosto de 1820, a Revolução Liberal do Porto promoveu a tomada do poder lusitano por parte dos grupos políticos liberais do país. Ansiosos por transformações, os revolucionários formaram uma assembléia geral que levou o nome de Cortes. Entre os integrantes dessas Cortes corria um projeto de instalação de uma monarquia parlamentar inspirada no regime político inglês. Além disso, os portugueses exigiam que os benefícios concedidos ao Brasil fossem extintos, com a imediata restauração das normas do antigo pacto colonial. Paralelamente, reivindicavam a volta de Dom João para que tais reformas fossem legitimadas. Temendo perder seu título nobiliárquico, Dom João retornou para Portugal deixando seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do território brasileiro. A essa altura dos acontecimentos as elites locais percebiam como o processo revolucionário português ameaçava os benefícios conquistados. Com isso, vários proprietários de terra e comerciantes passaram a expressar amplo apoio à deflagração da independência brasileira. Na visão das elites, o processo de independência não deveria contar com a participação popular e, muito menos, instalar um regime republicano no país. Dessa forma, apoiaram um projeto de independência conservador liderado sob a instalação de uma monarquia dirigida por Dom Pedro I. Em resposta a tal movimentação política, o príncipe regente deu maior autonomia às autoridades militares nacionais e exigiu que todas as medidas vindas de Portugal passassem por sua aprovação prévia.Nessa mesma época Dom Pedro começou a se aproximar de figuras políticas favoráveis ao projeto de independência. Tais ações desagradaram imensamente o governo lusitano, pois isso em nada favorecia o projeto de recolonização do território brasileiro. Com isso, as Cortes passaram a exigir o retorno imediato de Dom Pedro I para Portugal. No entanto, prestigiado politicamente pelas elites, preferiu permanecer no Brasil de forma definitiva. Em uma última tentativa, os portugueses ameaçaram enviar tropas caso Dom Pedro não acatasse sua convocação. Não vendo outra solução para esse impasse, Dom Pedro I realizou a proclamação da independência do Brasil durante uma viagem de volta à cidade do Rio de Janeiro, às margens do rio Ipiranga. Depois de alguns conflitos com as tropas lusitanas e o apoio britânico, os mais de três séculos de dominação portuguesa chegaram ao fim com a instalação do regime monárquico.

DIA DO SOLDADO

Luiz Alves de Lima e Silva, o Patrono do Exército Brasileiro.

Carta de Julia Lopes de Almeida, a um soldado brasileiro:

"Até há dias, tu eras um brasileiro apenas. Hoje és um “soldado brasileiro”. Perante Deus, que lê na minha alma e conhece as minhas ações, posso erguer minha humilde cabeça, convicta de que cumpri o meu dever de brasileira, criando-te em condições de fazer de ti um patriota. Esse amor que deves à tua Pátria, meu filho, deve ser, tem de ser semelhante, na capacidade de sacrifício e abnegação, ao amor que tenho por ti. O amor patriótico só é comparável ao amor maternal. Cada fraca mulher está pronta a dar a vida por seu filho; cada homem deve estar sempre preparado para dar a vida pela sua Pátria. A nenhum outro amor ele pode comparar-se porque todos os amores estão na dependência da inconstância, do capricho, do prazer, do ciúme. Porém, o amor da Pátria não conhece restrições, não admite fadiga e se sobrepõe a todas as considerações do egoísmo e dos baixos instintos humanos. Ama tua Pátria sobre todas as coisas, pois que nada serias mais do que um pária, se a Pátria não fizesse de ti um cidadão, se ela não te houvesse concedido, na comunidade humana, o nobre direito de ser alguém sobre a terra e se não tivesse te dado a família imensa e poderosa dos teus concidadãos. Para ser um digno soldado, não basta, porém, que a tua coragem e a tua dedicação estejam incondicionalmente ao serviço do nosso querido Brasil, que foi o nosso berço e que, espero de Deus, abrigará os nossos restos mortais, para serem dissolvidos e integrados na beleza da terra brasileira. Não, meu filho; não basta coragem, não basta o amor. É preciso, também, que, sendo tu um soldado, tenhas o culto apaixonado da honra, a consciência imaculada e que professes a religião varonil do cavalheirismo. Não abuse da tua força contra os fracos. Não desampares nunca a inocência. Assim serás o digno soldado de uma pátria magnânima, que nunca fez guerra senão para desafrontar sua dignidade. Durante vinte anos, tu te curvaste reverente diante de mim, beijando a mão que te acariciou e te guiou. Hoje sou eu que me inclino, respeitosamente diante de ti, porque tu és um SOLDADO BRASILEIRO, porque tu representas uma partícula da Pátria, da sua coragem, da sua honra e da sua força.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

HISTORICO DA ASSOCIAÇÃO DOS EX-COMBATENTES DO BRASIL - SECÇÃO DA REGIÃO CACAUEIRA COM SEDE EM ILHÉUS-BA

Sr. Antônio Vieira - Presidente da Secção Região Cacaueira.
Sr. Antônio Vieira e sua valorosa secretária Gil Nascimento.
Os Ex-Combatentes: Sr. Antônio Vieira, Sr. Antônio Nunes e Sr. Serafim.
Nossa Casa, Sua História!
Sr. Antônio Vieira - Presidente da Ass. dos Ex-Combatentes Região Cacaueira junto com nossos amigos e parceiros na preservação da nossa história: Cel. Winston Meireles - Diretor Presidente da COOPERBOM TURISMO e o Prof. Doutor em Cooperativismo Odelso Schneider da Unisinos - RS.

Fundada a 13 de junho de 1966, com um numero preestabelecido pelo nosso estatuto de 20 associados,tendo como seu primeiro presidente o Ex-Combatente ANTONIO VIEIRA LIMA e cuja instalação aconteceu no salão nobre do sindicato dos estivadores de Ilhéus, gentilmente cedido pelo seu presidente na época o Sr. Lauro Gomes Filho, aonde permanecemos por algum tempo, depois nos transferimos para um pequeno salão embaixo do viaduto Pedro Catalão, cedido pelo nosso querido prefeito na época o companheiro João Alfredo Amorim de Almeida, que apesar da sua boa vontade o local não era digno daqueles homens que derramaram seu próprio sangue em defesa da liberdade e da democracia da qual hoje desfrutamos.
Foi então que surgiu o nosso inesquecível companheiro Wilde Ribeiro de Morais, uns dos maiores presidentes que já passou por nossa casa articulando uma campanha em prol da construção da nossa sede, que de imediato recebeu o apoio de todos os companheiros. Partimos para a luta e conseguimos alcançar os nossos objetivos, contamos na época com a ajuda das grandes firmas como por exemplo: Instituto de Cacau da Bahia, CEPLAC, Prefeitura Municipal e os próprios companheiros, que muito contribuíram, até pedra foi transportada em suas cabeças, é por tudo isso que brigamos por essa casa.
Como podemos observar a luta foi grande nesses 42 anos para chegarmos aonde chegamos, e aqui estamos há 23 anos desde 1985.
E continuamos a lutar para manter viva a nossa história, haja visto que hoje contamos apenas com 17 associados quando já tivemos em nosso quadro social 293 sócios, então volto a repetir a luta continua pois o Ex-Combatente só abandonará a luta quando faltar munição, mesmo assim procuraria outras armas desde quando seja para defender a nação.
Palavras do Sr. Antônio Vieira (Presidente da Secção Região Cacaueira).